sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O Frevo por mim mesma!!

Frevo?? O que essa palavrinha de apenas cinco letras representa pra mim??
Fico pensando o que me levou a fazer um blog sobre o frevo?? (Tarefa da disciplina Oficina de Comunicação Escrita) , mas a tarefa era criar um blog jornalístico , sobre o que quisesse e por que eu escolhi o Frevo?

Essa relação vem de muito tempo atrás , quando eu tinha por volta de 6 a 7 anos . Um dia de carnaval o meu pai resolveu que iria levar eu e a minha irmã no Recife antigo para ver os blocos de frevo. Lembro-me como se fosse hoje. Ele me vestiu de passista, com aquela sainha cheia de babados e aquele Top estampado e colorido ( azul , laranja e amarelo).
Fomos até o bairro de São José e foi lá que pela primeira vez senti a emoção do Frevo me dominar. Foi ali que senti " A embriaguês do frevo que entra na cabeça , passa pelo corpo e acaba no pé" Como diz na música Voltei Recife do Mestre Capiba .
Dali em diante Pernambuco deixava uma marca na menina baiana de apenas 6 anos de idade: A paixão pelo frevo. Uma marca que perdura até os dias de hoje. Acho que isso explica um pouco o significado do frevo para mim.

Balé Popular do Recife

Fundado por André Luiz Madureira, conquistou o público e a crítica, ganhando o nome de Balé Popular do Recife em 1977, batizado e incentivado por Ariano Suassuna (dramaturgo Paraibano) para a busca de uma dança genuinamente brasileira.
Esse reconhecimento foi devido a sua importância histórica quanto ao trabalho desenvolvido, beneficiando os artistas, aproximando a sociedade da sua própria cultura e originando novos grupos de dança.
Uma revolução dos preceitos artísticos da cultura brasileira, difundida pelo Brasil e exterior como China, Portugal, Itália, Canadá, França, Marrocos e Costa do Marfim.
Este é o Balé Popular do Recife.

História do Carnaval de Olinda

Em seus primórdios, a história do Carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco, originária do antigo entrudo - festa pagã européia, que chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. Era uma brincadeira onde os foliões lançavam farinha, tinturas e água suja. Foi proibida oficialmente e aos poucos incorporou elementos como o confete e a serpentina.
Em Pernambuco, o entrudo português mudou no século XVII, quando assimilou costumes africanos. No século XIX, surgiram o frevo e o passo, o que deu ao Carnaval de Pernambuco uma singularidade única no Brasil. A partir de então, começaram a ser organizadas as primeiras agremiações nos bairros populares.
O Carnaval de Olinda como o conhecemos hoje também é um evento relativamente recente. Data do início do século XX, coincidindo com o surgimento de diversas agremiações, algumas das quais ainda presentes nos carnavais da atualidade, como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912.
O Carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.
Sem falar nos bonecos gigantes, dos quais, todo ano, são criados novos tipos e hoje já somam mais de cem calungas desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-Feira Gorda, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que por si só já é uma tradição da folia em Olinda. Esses bonecos são uma herança européia e têm sua origem nas procissões do século XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos, aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia-Noite, que anima a folia desde 1932.
Os tipos populares são também outra tradição. A cada ano, eles enchem as ladeiras da Cidade Alta encarnando personagens inspirados tanto nos noticiários do dia a dia, como nos mais tradicionais costumes, todos retratando em suas fantasias a irreverência e a crítica social tradicionalmente presentes na folia da cidade.
Hoje o Carnaval de Olinda é, sem nenhum favor, a maior e mais autêntica festa popular do Brasil, atraindo todo ano milhares de foliões de vários recantos do país e do Exterior. A interação com a rica diversidade cultural do Nordeste, representada por troças, clubes, caboclinhos, maracatus e bonecos gigantes, aliada ao calor do frevo e à descontração e alegria do povo da cidade, tornam a folia olindense irresistível para um contingente cada vez maior de foliões.

Fonte: Diário Vermelho

O carnaval em Olinda!!

"Olinda quero cantar"
"Olinda, quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu o sol, o teu mar
Faz brilhar meu coração
De amor, a sonhar
Minha Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval!"


Este é um dos hinos mais famosos do carnaval de Pernambuco. É o hino de uma das mais tradicionais agremiações pernambucana: ELEFANTES DE OLINDA. O nome pode parecer esquisito, mas soa muito bem aos ouvidos dos foliões. Quando a gente ouve esta e outras músicas, dá vontade de sair pulando no meio da multidão, que nem "pipoca", subindo e descendo as ladeiras históricas da cidade de Olinda.
Quem passa um carnaval em pernambuco não esquece jamais... Palavra de Soteropolitana.



Dá ou não dá uma vontade danada de sair por aí " frevando"??

As ladeiras de Olinda são um destino certo para os quatro dias de folia do carnaval pernambucano. Criatividade é a palavra-chave para definir o Carnaval desta cidade tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade. As fantasias revelam os sonhos, a opinião crítica ou apenas o espírito lúdico dos foliões que, incansavelmente, sobem e descem as ruas atrás dos blocos, clubes e troças, ao som estridente do frevo. Característica do carnaval de Olinda é a presença numerosa dos bonecos gigantes, que chegam a medir mais de três metros de altura – entre os quais os mais antigos e famosos são o Homem da Meia Noite e a Mulher do Dia.
Muitos visitantes mudam-se literalmente para Olinda durante o Carnaval, alugando casas nas tortuosas ruas do centro histórico, principal foco da folia.

Bloco da saudade!



Em 1962, imbuído com um espírito nostálgico dos carnavais da primeira metade do século XX, o compositor Edgard Moraes compôs a marcha Valores do Passado, homenageando 24 blocos pernambucanos já extintos. Na letra da canção, o autor idealizava o "Bloco da Saudade", uma agremiação que tomaria as ruas do Recife revivendo aqueles inesquecíveis grupos carnavalescos, representantes de uma manifestação cultural do Carnaval Pernambucano que estava desaparecendo e sendo esquecida.Eis que, em 1973, onze anos depois de Edgard Moares ter composto a canção, um grupo de amantes do Carnaval, encabeçado por Antônio José Madureira "Zoca" e Marcelo Varela, apostou com o compositor que criaria o Bloco da Saudade e que com ele reviveria os antigos carnavais cuja tradição encontrava-se praticamente perdida. O hino seria exatamente o frevo Valores do Passado.Madureira e Varela cumpriram sua promessa e colocaram, no Carnaval de 1974, o Bloco da Saudade pela primeira vez na rua, desfilando pelo bairro do Cordeiro. Ainda sem o característico abre-alas (tradição dos blocos de pau e corda que só seria reintroduzida pelo Bloco da Saudade anos depois), os integrantes fundadores do bloco trouxeram de volta a tradição dos blocos de pau e corda ao Carnaval do Recife e de Olinda.Em 1980, assume o destino do Bloco um outro grupo diretivo que continua o trabalho do anterior, tendo à frente Izabel Bezerra - atual presidente - que, juntamente com Amilcar Bezerra e Luis Moraes Mota, colocou a agremiação na rua naquele carnaval. Nos anos seguin-tes, Euda Brasil se juntaria ao grupo que comandaria os destinos do bloco a partir de então. O apoio da Associação Atlética do Banco do Brasil - AABB, que cedeu o salão do clube para os acertos de marcha nas semanas que antecedem o Carnaval, foi de grande importância para a consolidação do prestígio do Bloco da Saudade neste período.Graças à semente plantada pelo Bloco da Saudade no Carnaval do Recife, o sonho de Edgard Moraes e dos jovens carnavalescos de ressuscitar o gênero musical marcha-de-bloco como manifestação de rua rendeu frutos inestimáveis. Desde o seu primeiro desfile, a agremiação vem se firmando a cada ano como uma entidade fundamental na recuperação da antiga tradição dos blocos de pau e corda, tendo estimulado inclusive a proliferação de um número crescente de novas agremiações, algumas delas, adotando nomes de antigos blocos. Como exemplo, temos: Nem Sempre Lily Toca Flauta, Aurora de Amor, Um Bloco em Poesia, Flor do Eucalipto, Sinta Azul, Bloco Esperança, Flor da Vitória-Régia, Bloco das Ilusões, Cordas e Retalhos, Confete e Serpentina, Pára-Quedista Real e Eu Quero Mais, entre outros.Até hoje, sem nenhuma subvenção oficial, o Bloco da Saudade sai às ruas do Recife e Olinda levando aos foliões marchas de bloco antigas e atuais, com o seu coral feminino e orquestra de pau e corda. As cores do bloco são o encarnado, o azul e o branco como a cor neutra entre as duas cores elementares usadas na cultura popular do nordeste.

O Galo da Madrugada




Hino do Galo

Ei pessoal, vem moçada

Carnaval começa no Galo da Madrugada

Ei pessoal, vem moçada

Carnaval começa no Galo da Madrugada
A manhã já vem surgindo

O sol clareia a cidade com seus raios de cristal

E o Galo da Madrugada

Já está na rua, saudando o Carnaval
Ei pessoal...
As donzelas estão dormindo

As flores recebendo o orvalho matinal

E o Galo da Madrugada

Já está na rua, saudando o Carnaval
Ei pessoal...
O Galo também é de briga

As esporas afiadas, e a crista é coral

E o Galo da Madrugada

Já está na rua, saudando o Carnaval
Ei pessoal...


O galo da madrugada é um dos maiores blocos carnavalescos do mundo ( tá no guiness!) e atrai mais de 1,5 milhões de foliões por ano, o que supera a população inteira do recife (1.422.000 habitantes, segundo último censo do IBGE).

Fundado por Enéas Freire (presidente perpétuo) em 24/01/1978 ,na rua Padre Floriano nº 43, no bairro de São José( berço do carnaval recifense , onde ainda hoje permanece a sua sede.
O trajeto do Galo começa em frente ao Forte das Cinco Pontas, passando pela Avenida Dantas Barreto, Praça Sérgio Loreto, Rua da Concórdia (via mais estreita), e terminando na Avenida Guararapes
A concentração para o desfile, como não poderia deixar de ser, é sempre às 5 horas da manhã com a alvorada dos clarins, abrindo assim oficialmente, no sábado de Zé Pereira, o Carnaval do Recife. A concentração é o melhor lugar para ver os grupos fantasiados e a irreverência do folião do Galo (é assim para os íntimos!). Prepare-se porque o desfile vai até de noite!Com o Galo, surgiram dezenas de outros blocos menores que também desfilam no sábado pelos bairros de São José e Santo Antônio, no centro da cidade. Tem até um bloco aquático (A Galinha d'Água), que sai no rio Capibaribe.


Fonte: wikipedia

A vestimenta do frevo.


Falamos de tantas coisas do frevo aqui nesse blog e esquecemos de um dos elementos imprescindível em qualquer dança folclórica e que não poderia ser diferente com o frevo: A vestimenta.
O vestuário que se precisa para dançar o frevo, não exige roupa típica ou única. Geralmente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao corpo, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pendem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar


Capiba!! Pra mim o maior!


Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba, nascido em Surubim em 1904 , para mim o maior compositor de frevo da história.



Você diz que ela é bela

Ela é bela sim senhor

Porém poderia ser mais bela

Se ela tivesse o meu amor

Meu amor

Bela é toda natureza

Oh Bela

Belo é tudo que é belo

Oh Bela

O sorriso da criança

Belo é ver o passarinho

Oh belo

Indo em busca do seu ninho

Oh Bela

Todo mundo se amando

Com amor e com carinho

Uns sorrindo outros chorando

De amor


Autor: Capiba


Frevo oh Bela da autoria de Capiba.


Pesquisando , descobrir um texto em que Capiba descreve a si próprio, então achei de que ninguém melhor do que ele mesmo para descrever quem ele foi e é para o Frevo pernambucano.
Confira!!!
Mestre Capiba: Por ele mesmo.

Sempre compus todo gênero de música. Gosto também, e muito, do frevo porque me dá uma constante sobrevivência artística, como compositor. Apresento-me nos carnavais pernambucanos desde 1934, para manter uma fogueira que vem acesa desde os idos da década de 20, ou melhor, para não deixar cair a peteca. Mas, meu fraco mesmo são as canções, valsas e serestas.
Quando cheguei no Recife, em setembro de 1930 para trabalhar no Banco do Brasil S/A, tratei, logo, de organizar com outros colegas estudantes, a Jazz Band Acadêmica, orquestra que dominou os salões do Recife naquela época. Na qualidade de diretor da orquestra que fundara eu tinha que ser acadêmico. E, para tal, tentei o vestibular de direito, em 1931, para poder ostentar o honroso título de acadêmico, uma vez que os demais elementos de orquestra eram todos estudantes superiores. Onde eu morava, muito embora dormisse no quarto onde nasceu o grande abolicionista, Joaquim Nabuco, não cheguei a assimilar os seus conhecimentos e ensinamentos e, por isso, levei pau no vestibular daquele ano.
No ano seguinte passei no vestibular. Não estava, portanto, enganando a mais ninguém. Era, de fato e de direito, acadêmico para todos os efeitos. (Hoje, com o correr dos tempos, não se diz mais acadêmico e sim, universitário). A honra do patrono da Fundação Joaquim Nabuco estava salva. E, por causa dessa minha teimosia de ser estudante de Direito, terminei como bacharel em 1938. Está aí, mais uma coisa que a música me deu,- não sei se boa ou má. Só de uma coisa eu sei: nunca fui buscar o meu diploma que, certamente, está armazenado na Secretaria da famosa primeira escola de Direito do País.
Eu disse acima que meu fraco são as canções, valsas, serestas e são mesmo. Daí, ter lançado em 1931, o meu cartão de visita como compositor da Valsa Verde, com belos versos de Ferreyra dos Santos. Com esta valsa abriram-se os caminhos para o tímido matuto de Surubim, que eu era. Vieram outros sucessos. Em 1932, É de Tororó, com letra de Ascenço Ferreira, gênero de música lançado por mim, nos salões do Recife, à frente da Jazz Band Acadêmica. Em 1933, Coração, Que Mais Queres? com versos do poeta Leovigíldo Júnior. Novo sucesso em 1934: É de Amargar - frevo que todo o Recife cantou em uníssono, no carnaval daquele ano. Esse frevo é, até hoje, lembrado nos salões dos grandes e pequenos clubes da Capital do Frevo - Recife. Daí em diante, nada mais tenho a dizer sobre canções de carnaval. Todo o Recife conhece a minha trajetória.
Tenho feito, no decorrer de todos estes anos, uma série interminável de canções com os maiores poetas brasileiros e, até, estrangeiros. Posso citar dentre eles, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes, Ariano Suassuna, Carlos Penna Filho, João Cabral de Mello Neto, Alfonsus Guimarães, Ascenso Ferreira, Jorge de Lima, Geraldo Brasil, Jayme Griz, Langston Hughes e muitos outros.
Para o Teatro do Estudante e para o Teatro Popular do Nordeste (TPN), do qual fui presidente e compositor oficial, musiquei várias peças, como: "A Pena e a Lei", de Ariano Suassuna, "Mandrágora" de Maquiavel, "Dom Perlimpim com Beliza em seu Jardim", de Garcia Lorca, "Cabra Cabriola", de Hermilo Borba Filho e, mais recentemente, "0 Coronel de Macambira", do poeta Joaquim Cardozo, entre outras. Antes, eu havia musicado uma crônica do jornalista Guerra de Holanda, saída na sua seção "Bacia de Pilatos”, do Diário da Noite, com o título: Haja Pau, posteriormente transformada em peça para o Teatro de Bonecos, por José de Moraes Pinho.
Tomei parte no Movimento Armorial lançado por Ariano Suassuna no início da década de 70, compondo uma peça em 3 movimentos, que se chama Sem Lei Nem Rei, título do romance de Maximiano Campos, publicado pela Editora "0 Cruzeiro”, em l968. Essa peça foi a primeira coisa que se fez, no gênero, a pedido do próprio criador do movimento.
Não podia deixar de render, aqui, as minhas homenagens ao meu mestre e amigo Maestro Guerra Peixe, que me possibilitou a oportunidade de enveredar por um caminho da música, não digo erudita, mas de um caráter mais elevado. A minha amizade com Guerra Peixe começou quando Teófilo de Barros Filho, ainda em São Paulo, pediu que ele orquestrasse a minha Suite Nordestina, feita originalmente para piano. Esta peça, em 5 movimentos, que foi executada pela Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do Maestro Vicente Fittipaldi, foi composta aproveitando a idéia, digo, a sugestão, de cinco quadros de uma exposição do grande pintor e amigo Lula Cardoso Ayres. Aproveitando a vinda do Maestro Guerra Peixe ao Recife, a chamado da Rádio Jornal do Commercio, no final dos anos 50, recebi do mesmo, aulas de composição e harmonia, o que me proporcionou uma maior consciência no que compunha. No decorrer das aulas compus algumas peças para piano (Instantâneos n0 I e n0II), uma peça para flauta-solo, em 2 movimentos, que dediquei ao flautista argentino Esteban Eitler, que a executou não só no Brasil, como pelo resto do mundo. Foi, para mim, uma experiência de grande valor.
Não cultivei esse gênero de música, porque era muito difícil de ouvi-las executadas e, acima de tudo, porque já estava muito acostumado com o sucesso fácil de minhas produções populares.

Personalidades do Frevo!!

NELSON FERREIRA - Compositor e maestro, era natural de Bonito-PE., nasceu em 09.12.1902 e morreu em 21.12.1976, no Recife. Como profissional, começou a tocar em 1917, e em 1921, compôs a marcha Borboleta não é ave, que marcou o início de sua trajetória como compositor. Sua carreira de campeão dos carnavais iniciou-se com o frevo Não puxa, Maroca, com Samuel Campelo. Organizou várias orquestras entre as quais Orquestra de Frevo Nelson Ferreira e compôs muitos frevos, entre eles: Veneza Americana, Quarta-feira Ingrata, Sabe lá o que é isso?, Evocação. Este último com tanto sucesso que gerou a série Evocação em sete LPs. Ao longo de sua vida recebeu diversas condecorações por sua contribuição à música brasileira.

ANTONIO MARIA ARAÚJO DE MORAES - Nasceu no Recife em 17.03.1921 e morreu em 15.10.1964. Foi cronista, poeta, letrista e iniciou sua vida artística na Rádio Clube de Pernambuco. Foi parceiro, dentre muitos, de Vinícius de Moraes e Luís Bonfá. Autor de vários sucessos da música popular: Ninguém me ama; O amor e a rosa; Manhã de carnaval; Frevos n° 1, 2 e 3 do Recife, etc.

JOÃO SANTIAGO DOS REIS - Nasceu no Recife em 1928 e morreu em 1985. Compositor e pesquisador do carnaval pernambucano, foi fundador da Secção de Pernambuco da Ordem dos Músicos do Brasil e da Comissão Pernambucana de Folclore. Compositor de mais de 50 marchas de blocos e frevos, participou de diversas agremiações carnavalescas entre as quais Batutas de São José, Inocentes do Rosarinho e Flor da Lira.

MÚCIO CATÃO - Maquiador, nasceu no Rio Grande do Norte em 19.03.1923 e morreu na mesma data do seu nascimento, em 1985. Detentor de mais de 30 prêmios nas passarelas dos bailes de carnaval dos clubes Internacional e Português, entre muitos. Fundador dos Concursos de Fantasias do Recife, foi considerado hors concurs dentre todos os seus concorrentes. Possuidor de extrema sensibilidade, tinha em suas criações carnavalescas a simplicidade de um grande artista, utilizando sempre materiais de baixo custo e uma grande dosagem de criatividade. Sua característica marcante foi a caracterização de personagens da história como: Gandhi e Santos Dumont.

WALDEMAR DE OLIVEIRA - Médico, advogado, professor, compositor, pianista, regente, musicólogo, nasceu em 02.05.1900, e morreu em 18.04.1977. Começou a compor em 1925 e compôs músicas de carnaval com o pseudônimo de José Capibaribe.

IRMÃOS VALENÇA - João Vitor do Rego Valença e Raul do Rego Valença, nascidos a 1890 e 1894, respectivamente. A família Valença cultivava a tradição de fazer representações de Presépio de Natal. Irmãos Valença, como ficaram conhecidos, publicaram cerca de trinta obras, além de outras inéditas. Em 1924, formaram com os primos e amigos, uma sociedade teatral, o Grêmio Familiar Madalenense. Em 1930, compuseram sua primeira música de carnaval, a marcha Mulata, na qual, dois anos depois, Lamartine Babo, introduziu algumas modificações, principalmente na letra, transformando-a em Teu cabelo não nega. Foram três vezes campeões do carnaval do Recife, com o maracatu Ô, já vou; as marchas Nós Dois e Foi Você. Outras composições: Um sonho que durou três dias, Pisa baiana, Cocorocó, tendo feito marchas e frevos para os clubes Lenhadores e Vassourinhas.

DONA SANTA - Maria Júlia do Nascimento, nasceu a 05.03.1877, no Pátio da Santa Cruz, na Boa Vista. Iniciou-se como Rainha do Maracatu da Nação Leão Coroado, onde casou-se com João Vitorino. Quando seu marido foi escolhido como Rei da Nação Elefante, ela abdicou de seu trono, para segui-lo. Foi coroada somente, em 27.02.1947. Filha e neta de africanos, Dona Santa tinha em seu sangue o ritmo do "baque-virado", da zabumba e do gonguê.

BADIA - Maria de Lourdes Silva, nasceu em 1915 e morreu em 1991. Neta de africanos, nasceu na Rua Augusta, no bairro de São José e mudou-se ainda criança para a casa do Pátio do Terço, de onde fez seu quartel general das folias carnavalescas, e da sua religiosidade. Em sua casa foi fundada a agremiação Clube Carnavalesco as Coroas de São José, em 1977, que sai na quinta-feira da semana pré-carnavalesca, continuando a tradição. Políticos, jornalistas, advogados, foliões e carnavalescos freqüentavam sua casa. Foi homenageada por inúmeras agremiações: Vassourinhas,1986; Lenhadores,1990; Bloco Saberé,1986, entre outros. A primeira dama do Carnaval do Pátio do Terço, recebeu grande homenagem como carnavalesca no Carnaval de 1985, quando a Prefeitura da Cidade do Recife lhe consagrou como tema: Carnaval Badia - 1985.

Fontes: sites - www.wikipedia.com.br
www.frevo.pe.gov.br
www.cirilovelosomoraes.com.br

Tá chegando a hora de FREVÊ..





Improvisação. Essa é a palavra-chave quando o assunto é frevo, dança típica de Pernambuco. Os passos são feitos com a ajuda de sombrinhas e guarda-chuvas. Os movimentos são amplos e alegres e os passos têm nomes curiosos.
Carnaval, suor e frevo
Nas cidades de Recife e Olinda, carnaval é sinônimo de frevo. O povo toma conta das ruas e a palavra de ordem é uma só: animação. Bonecos gigantes, de três metros de altura, saem dançando no meio do povo, dando um toque único à festa. Os bonecos mais tradicionais são o Homem da Meia-Noite, a Mulher do Meio-Dia, o Filho do Homem da Meia-Noite e o Menino e a Menina da Tarde. Os blocos, com nomes curiosos, reúnem homens e mulheres de todas as idades. O "Bacalhau do Batata", que só desfila na Quarta-Feira de Cinzas, é um dos mais tradicionais.

Alguns passos de Frevo!

Com algumas pesquisas e com minha própria experiência com o frevo estou listando aqui alguns dos passos tradicionais de Frevo . Com ao menos dois desses passos aí qualquer um arrasa no Carnaval de Recife.

ALGUNS “PASSOS”

Dobradiça:
O passista se curva para frente, cabeça erguida, flexionando as pernas, apoiado apenas sobre um dos pés, arrasta-o subitamente para trás, substituindo o pé pelo outro. E assim por diante. Este jogo imprime ao corpo uma trepidação curiosa, sem deslocá-lo sensivelmente.
Parafuso ou saca-rolhas:
O passista se abaixa rápido, com as pernas em tesoura aberta e logo se levanta, dando uma volta completa sobre a ponta dos pés. Se cruzou a perna direita sobre a esquerda, vira-se para a esquerda, descreve uma volta completa e finda esta, temo-lo com a esquerda sobre a direita sempre em tesoura, que ele desfaz com ligeireza para compor outros passos.

Da bandinha:
O passista cruza as pernas, e mantendo-as cruzadas, desloca-se em passinhos miúdos para a direita, para a esquerda, descaindo o ombro para o lado onde se encaminha. Alinhava o movimento como quem vai por uma ladeira abaixo.O passista com os braços para o alto e as nádegas empinadas aproxima e afasta os pés, ou caminha com as pernas arqueadas e bamboleantes.

Corrupio:
O passista se curva profundamente e ao mesmo tempo em que se abaixa, rodopia num pé só, em cuja perna se aplica flexionada outra perna, ajustando o peito do pé à panturrilha. Toma uma atitude de quem risca uma faca no chão.O passista manobra com uma das pernas jogando para frente o ombro correspondente à perna que avança, o que faz ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, na posição de quem força com o peso do ombro uma porta. Este passo se se encontra parceiro é feito vis-à-vis.O passista descreve, todo empinado, o passo miúdo, num circulo, como um galo que corteja a fêmea.O passista anda como um aleijado, arrastando, ora com a perna direita, ora com a esquerda alternadamente, enquanto o restante do corpo se conserva em ângulo reto. O passista põe-se de cócoras, e manobra com as pernas, ora para frente, cada uma por sua vez, ora para os lados.

Chão de barriguinha:
O passista com os braços levantados, aproxima-se vis-à-vis e com ele troca uma umbigada, que nunca chega a ser violenta. Se são as nádegas que se tocam, temos o Chão de Bundinha. O passista se verticaliza afoitamente, espiga o busto, levanta os braços e caminha em passo miúdo, arrastando os pés em movimento "saccadé".O passista dá uma volta no ar, de braços arqueados, caindo com os tornozelos cruzados apoiando-se sob os bordos externos dos pés.O passista dá grandes saltos para um lado e para o outro, mantendo estirada a perna do lado para onde se dirige, e tocando o chão com o calcanhar. Geralmente o passista utiliza-se de um chapéu de sol, afim de melhor garantir o equilíbrio."

Locomotiva:
Inicia-se com o corpo agachado e os braços abertos para frente, em quase circunferência e a sombrinha na mão direita. Dão-se pequenos pulos para encolher e estirar cada uma das pernas, alternadamente.