sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O Frevo por mim mesma!!

Frevo?? O que essa palavrinha de apenas cinco letras representa pra mim??
Fico pensando o que me levou a fazer um blog sobre o frevo?? (Tarefa da disciplina Oficina de Comunicação Escrita) , mas a tarefa era criar um blog jornalístico , sobre o que quisesse e por que eu escolhi o Frevo?

Essa relação vem de muito tempo atrás , quando eu tinha por volta de 6 a 7 anos . Um dia de carnaval o meu pai resolveu que iria levar eu e a minha irmã no Recife antigo para ver os blocos de frevo. Lembro-me como se fosse hoje. Ele me vestiu de passista, com aquela sainha cheia de babados e aquele Top estampado e colorido ( azul , laranja e amarelo).
Fomos até o bairro de São José e foi lá que pela primeira vez senti a emoção do Frevo me dominar. Foi ali que senti " A embriaguês do frevo que entra na cabeça , passa pelo corpo e acaba no pé" Como diz na música Voltei Recife do Mestre Capiba .
Dali em diante Pernambuco deixava uma marca na menina baiana de apenas 6 anos de idade: A paixão pelo frevo. Uma marca que perdura até os dias de hoje. Acho que isso explica um pouco o significado do frevo para mim.

Balé Popular do Recife

Fundado por André Luiz Madureira, conquistou o público e a crítica, ganhando o nome de Balé Popular do Recife em 1977, batizado e incentivado por Ariano Suassuna (dramaturgo Paraibano) para a busca de uma dança genuinamente brasileira.
Esse reconhecimento foi devido a sua importância histórica quanto ao trabalho desenvolvido, beneficiando os artistas, aproximando a sociedade da sua própria cultura e originando novos grupos de dança.
Uma revolução dos preceitos artísticos da cultura brasileira, difundida pelo Brasil e exterior como China, Portugal, Itália, Canadá, França, Marrocos e Costa do Marfim.
Este é o Balé Popular do Recife.

História do Carnaval de Olinda

Em seus primórdios, a história do Carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco, originária do antigo entrudo - festa pagã européia, que chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. Era uma brincadeira onde os foliões lançavam farinha, tinturas e água suja. Foi proibida oficialmente e aos poucos incorporou elementos como o confete e a serpentina.
Em Pernambuco, o entrudo português mudou no século XVII, quando assimilou costumes africanos. No século XIX, surgiram o frevo e o passo, o que deu ao Carnaval de Pernambuco uma singularidade única no Brasil. A partir de então, começaram a ser organizadas as primeiras agremiações nos bairros populares.
O Carnaval de Olinda como o conhecemos hoje também é um evento relativamente recente. Data do início do século XX, coincidindo com o surgimento de diversas agremiações, algumas das quais ainda presentes nos carnavais da atualidade, como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912.
O Carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.
Sem falar nos bonecos gigantes, dos quais, todo ano, são criados novos tipos e hoje já somam mais de cem calungas desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-Feira Gorda, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que por si só já é uma tradição da folia em Olinda. Esses bonecos são uma herança européia e têm sua origem nas procissões do século XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos, aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia-Noite, que anima a folia desde 1932.
Os tipos populares são também outra tradição. A cada ano, eles enchem as ladeiras da Cidade Alta encarnando personagens inspirados tanto nos noticiários do dia a dia, como nos mais tradicionais costumes, todos retratando em suas fantasias a irreverência e a crítica social tradicionalmente presentes na folia da cidade.
Hoje o Carnaval de Olinda é, sem nenhum favor, a maior e mais autêntica festa popular do Brasil, atraindo todo ano milhares de foliões de vários recantos do país e do Exterior. A interação com a rica diversidade cultural do Nordeste, representada por troças, clubes, caboclinhos, maracatus e bonecos gigantes, aliada ao calor do frevo e à descontração e alegria do povo da cidade, tornam a folia olindense irresistível para um contingente cada vez maior de foliões.

Fonte: Diário Vermelho

O carnaval em Olinda!!

"Olinda quero cantar"
"Olinda, quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu o sol, o teu mar
Faz brilhar meu coração
De amor, a sonhar
Minha Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval!"


Este é um dos hinos mais famosos do carnaval de Pernambuco. É o hino de uma das mais tradicionais agremiações pernambucana: ELEFANTES DE OLINDA. O nome pode parecer esquisito, mas soa muito bem aos ouvidos dos foliões. Quando a gente ouve esta e outras músicas, dá vontade de sair pulando no meio da multidão, que nem "pipoca", subindo e descendo as ladeiras históricas da cidade de Olinda.
Quem passa um carnaval em pernambuco não esquece jamais... Palavra de Soteropolitana.



Dá ou não dá uma vontade danada de sair por aí " frevando"??

As ladeiras de Olinda são um destino certo para os quatro dias de folia do carnaval pernambucano. Criatividade é a palavra-chave para definir o Carnaval desta cidade tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade. As fantasias revelam os sonhos, a opinião crítica ou apenas o espírito lúdico dos foliões que, incansavelmente, sobem e descem as ruas atrás dos blocos, clubes e troças, ao som estridente do frevo. Característica do carnaval de Olinda é a presença numerosa dos bonecos gigantes, que chegam a medir mais de três metros de altura – entre os quais os mais antigos e famosos são o Homem da Meia Noite e a Mulher do Dia.
Muitos visitantes mudam-se literalmente para Olinda durante o Carnaval, alugando casas nas tortuosas ruas do centro histórico, principal foco da folia.

Bloco da saudade!



Em 1962, imbuído com um espírito nostálgico dos carnavais da primeira metade do século XX, o compositor Edgard Moraes compôs a marcha Valores do Passado, homenageando 24 blocos pernambucanos já extintos. Na letra da canção, o autor idealizava o "Bloco da Saudade", uma agremiação que tomaria as ruas do Recife revivendo aqueles inesquecíveis grupos carnavalescos, representantes de uma manifestação cultural do Carnaval Pernambucano que estava desaparecendo e sendo esquecida.Eis que, em 1973, onze anos depois de Edgard Moares ter composto a canção, um grupo de amantes do Carnaval, encabeçado por Antônio José Madureira "Zoca" e Marcelo Varela, apostou com o compositor que criaria o Bloco da Saudade e que com ele reviveria os antigos carnavais cuja tradição encontrava-se praticamente perdida. O hino seria exatamente o frevo Valores do Passado.Madureira e Varela cumpriram sua promessa e colocaram, no Carnaval de 1974, o Bloco da Saudade pela primeira vez na rua, desfilando pelo bairro do Cordeiro. Ainda sem o característico abre-alas (tradição dos blocos de pau e corda que só seria reintroduzida pelo Bloco da Saudade anos depois), os integrantes fundadores do bloco trouxeram de volta a tradição dos blocos de pau e corda ao Carnaval do Recife e de Olinda.Em 1980, assume o destino do Bloco um outro grupo diretivo que continua o trabalho do anterior, tendo à frente Izabel Bezerra - atual presidente - que, juntamente com Amilcar Bezerra e Luis Moraes Mota, colocou a agremiação na rua naquele carnaval. Nos anos seguin-tes, Euda Brasil se juntaria ao grupo que comandaria os destinos do bloco a partir de então. O apoio da Associação Atlética do Banco do Brasil - AABB, que cedeu o salão do clube para os acertos de marcha nas semanas que antecedem o Carnaval, foi de grande importância para a consolidação do prestígio do Bloco da Saudade neste período.Graças à semente plantada pelo Bloco da Saudade no Carnaval do Recife, o sonho de Edgard Moraes e dos jovens carnavalescos de ressuscitar o gênero musical marcha-de-bloco como manifestação de rua rendeu frutos inestimáveis. Desde o seu primeiro desfile, a agremiação vem se firmando a cada ano como uma entidade fundamental na recuperação da antiga tradição dos blocos de pau e corda, tendo estimulado inclusive a proliferação de um número crescente de novas agremiações, algumas delas, adotando nomes de antigos blocos. Como exemplo, temos: Nem Sempre Lily Toca Flauta, Aurora de Amor, Um Bloco em Poesia, Flor do Eucalipto, Sinta Azul, Bloco Esperança, Flor da Vitória-Régia, Bloco das Ilusões, Cordas e Retalhos, Confete e Serpentina, Pára-Quedista Real e Eu Quero Mais, entre outros.Até hoje, sem nenhuma subvenção oficial, o Bloco da Saudade sai às ruas do Recife e Olinda levando aos foliões marchas de bloco antigas e atuais, com o seu coral feminino e orquestra de pau e corda. As cores do bloco são o encarnado, o azul e o branco como a cor neutra entre as duas cores elementares usadas na cultura popular do nordeste.

O Galo da Madrugada




Hino do Galo

Ei pessoal, vem moçada

Carnaval começa no Galo da Madrugada

Ei pessoal, vem moçada

Carnaval começa no Galo da Madrugada
A manhã já vem surgindo

O sol clareia a cidade com seus raios de cristal

E o Galo da Madrugada

Já está na rua, saudando o Carnaval
Ei pessoal...
As donzelas estão dormindo

As flores recebendo o orvalho matinal

E o Galo da Madrugada

Já está na rua, saudando o Carnaval
Ei pessoal...
O Galo também é de briga

As esporas afiadas, e a crista é coral

E o Galo da Madrugada

Já está na rua, saudando o Carnaval
Ei pessoal...


O galo da madrugada é um dos maiores blocos carnavalescos do mundo ( tá no guiness!) e atrai mais de 1,5 milhões de foliões por ano, o que supera a população inteira do recife (1.422.000 habitantes, segundo último censo do IBGE).

Fundado por Enéas Freire (presidente perpétuo) em 24/01/1978 ,na rua Padre Floriano nº 43, no bairro de São José( berço do carnaval recifense , onde ainda hoje permanece a sua sede.
O trajeto do Galo começa em frente ao Forte das Cinco Pontas, passando pela Avenida Dantas Barreto, Praça Sérgio Loreto, Rua da Concórdia (via mais estreita), e terminando na Avenida Guararapes
A concentração para o desfile, como não poderia deixar de ser, é sempre às 5 horas da manhã com a alvorada dos clarins, abrindo assim oficialmente, no sábado de Zé Pereira, o Carnaval do Recife. A concentração é o melhor lugar para ver os grupos fantasiados e a irreverência do folião do Galo (é assim para os íntimos!). Prepare-se porque o desfile vai até de noite!Com o Galo, surgiram dezenas de outros blocos menores que também desfilam no sábado pelos bairros de São José e Santo Antônio, no centro da cidade. Tem até um bloco aquático (A Galinha d'Água), que sai no rio Capibaribe.


Fonte: wikipedia

A vestimenta do frevo.


Falamos de tantas coisas do frevo aqui nesse blog e esquecemos de um dos elementos imprescindível em qualquer dança folclórica e que não poderia ser diferente com o frevo: A vestimenta.
O vestuário que se precisa para dançar o frevo, não exige roupa típica ou única. Geralmente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao corpo, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pendem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar