segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Frevo

Vem
Vamos dançar ao sol
Vem
Que a banda vai passar
Vem
Ouvir o toque dos clarins
Anunciando o carnaval
E vão brilhando os seus metais
Por entre cores mil
Verde mar, céu de anil
Nunca se viu tanta beleza
Ai, meu Deus
Que lindo o meu Brasil


Canção de Tom JObim e Vinicíus de Moraes , interpretada por Elis regina em homenagem ao frevo.

Recife tem frevo todo dia!

A cidade de Recife em iniciativa da Secretaria de Turismo e da Fundação de Cultura Cidade do Recife promove apresentações diárias de frevo no Marco Zero e em Boa Viagem. A ação, integrante do Ano do Turismo, dá também oportunidade aos músicos que tocavam frevo apenas no carnaval.No Marco Zero, das 09 às 11 horas, uma orquestra de frevo acompanhada de dois passistas se apresenta para os visitantes que fazem a primeira parada dos city-tours pelo Recife. Já em Boa Viagem as apresentações acontecem de segunda a sexta-feira no início da noite, das 19 às 21 horas. O frevo também tomou conta dos estádios de futebol pernambucanos com apresentações nas finais da Copa do Brasil. A ação recebeu destaque especial na mídia nacional durante o jogo Sport X Corinthians com um show do \"Orquestrão do Ano do Turismo\", formado por 60 músicos, que animou os torcedores. Desde então em todos os jogos do Campeonato Brasileiro uma orquestra de frevo recebe a torcida visitante dentro do projeto \"Receba Bem o Turista Torcedor\".Desde que foi implantada a programação de frevo, foram mais de 1,5 mil horas com apresentação de 50 orquestras e cerca de 300 músicos

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Viva o Frevo!!!!!!!!



Quando Capiba(Compositor de frevos) afirmou que Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem, poderia ter acrescentado também uma “música”. Ambos, nasceram e desenvolveram-se em Pernambuco. Nunca se conseguiu que brotasse em outra terra, ao menos com a autenticidade do que se faz no estado. Detalhes, nuanças há no frevo que “estrangeiros” não conseguem captar.

O Frevo no Carnaval...O Galo da madrugada!

Em 1957, o frevo Evocação No. 1, de Nelson Ferreira, gravado pelo Bloco Batutas de São José (o chamado frevo de bloco) invadiria o carnaval carioca derrotando a marchinha e o samba. O lançamento era da gravadora local, Mocambo, que se destacaria no registro de inúmeros frevos e em especial a obra de seus dois maiores compositores, Nelson (Heráclito Alves) Ferreira (1902-1976) e Capiba. Além de prosseguir até o número 7 da série Evocação, Nelson Ferreira teve êxitos como o frevo Veneza Brasileira, gravado pela sambista Aracy de Almeida e outros como No Passo, Carnaval da Vitória, Dedé, O Dia Vem Raiando, Borboleta Não É Ave, Frevo da Saudade. A exemplo de Nelson, Capiba também teve sucessos em outros estilos como o clássico samba canção Maria Bethânia gravado por Nelson Gonçalves em 1943, que inspiraria o nome da cantora. Depois do referido É de Amargar, de 1934, primeiro lugar no concurso do Diário de Pernambuco, Capiba emplacou Manda Embora Essa Tristeza (Aracy de Almeida, 1936), e vários outros frevos que seriam regravados pelas gerações seguintes como De Chapéu de Sol Aberto, Tenho uma Coisa pra lhe Dizer, Quem Vai pro Farol é o Bonde de Olinda, Linda Flor da Madrugada, A pisada é essa, Gosto de Te Ver Cantando.

O Galo da Madrugada

O Galo da Madrugada é um bloco carnavalesco que preserva as tradições locais. Eles tocam ritmos pernambucanos e desfilam sem cordões de isolamento. O desfile do galo da madrugada é um dos momentos para se ouvir e se dançar frevo no carnaval, é de arrepiar ver o galo passar.

101 anos de História.


ORIGEM
Esta dança teve origem nos movimentos da Capoeira. A estilização dos passos foi resultado da perseguição infligida pela Polícia aos capoeiras, que aos poucos sumiram das ruas, dando lugar aos passistas.
Em meados do século XIX, em Pernambuco, surgiram as primeiras bandas de músicas marciais, executando dobrados, marchas e polcas. Estes agrupamentos musicais militares eram acompanhados por grupos de capoeiristas. Por esta mesma época, surgiram os primeiros clubes de carnaval de Pernambuco, entre eles o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas (1889) e o C.C.M. Lenhadores (1897), formados por trabalhadores, cada um possuindo a sua banda de música. Os capoeiristas necessitavam de um disfarce para acompanhar as bandas, agora dos clubes, já que eram perseguidos pela polícia. Assim, modificaram seus golpes acompanhando a música, originando tempos depois o "Passo" (a dança do Frevo) e trocando suas antigas armas pelos símbolos dos clubes que, no caso dos Vassourinhas e Lenhadores, eram constituídos por pedaços de madeira encimados por uma pequena vassoura ou um pequeno machado, usados como enfeites. A sombrinha teria sido utilizada como arma pelos capoeiristas, à semelhança dos símbolos dos clubes e de outros objetos como a bengala. De início, era o guarda-chuvas comum, geralmente velho e esfarrapado, hoje estilizado, pequeno para facilitar a dança, e colorido para embelezar a coreografia. Atualmente a sombrinha é o ornamento que mais caracteriza o passista e é um dos principais símbolos do carnaval de Pernambuco.
O que é o Frevo?
O frevo é uma dança inspirada em um misto de Marcha e Polca, em compasso binário ou quaternário, dependendo da composição, de ritmo sincopado. É uma das danças mais vivas e mais brejeiras do folclore brasileiro. A comunicabilidade da música é tão contagiante que, quando executada, atrai os que passam e, empolgados, tomam parte nos folguedos. E é por isso mesmo, uma dança de multidão, onde se confundem todas as classes sociais em promiscuidade democrática. O frevo tanto é dançado na rua, como no salão. O berço do frevo é o Estado de Pernambuco, onde é mais dançado do que em outra qualquer parte. Há inúmeros clubes que se comprazem em disputar a palmo nesta dança tipicamente popular, oferecendo exibições de rico efeito coreográfico. Alguém disse que o frevo vem da expressão errônea do negro querendo dizer: "Eu fervo todo", diz: "Quando eu ouço essa música, eu frevo todo". O frevo é rico em espontaneidade e em improvisação, permitindo ao dançarino criar, com seu espírito inventivo, a par com a maestria, os passos mais variados, desde os simples aos mais malabarísticos, possíveis e imagináveis. E, assim, executam, às vezes, verdadeiras acrobacias que chegam a desafiar as leis do equilíbrio.

Ahhhh...o Frevo!!


Voltei Recife ( Alceu Valença)

Voltei, Recife
Foi a saudade

Que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente "Vassoura"
Na rua abafando

Tomar umas e outras
E cair no passo

Cadê "Toureiros"?
Cadê "Bola de Ouro"?

As "pás", os "lenhadores"
O "Bloco Batutas de São José"?

Quero sentir
A embriaguês do frevo

Que entra na cabeça
Depois toma o corpo
E acaba no pé